quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Choveu... virou... sabão...


E chegou o período de chuvas. Como tuitou meu irmão ontem, só em Brasília a chuva é considerada um evento social, tão ou mais comentado do que novela das 8 quando chega o fim da estiagem marcado pelas primeiras gotas a cair do céu, aí todo mundo para imediatamente o que está fazendo só para contemplar a tímida precipitação.

Mas foi só sair do trabalho que surgiu o primeiro dos sintomas perigosos da chuva: a pista seca e empoeirada se juntou a água da chuva e ao óleo acumulado do tempo da seca e começaram a fazer os carros aquaplanarem, o meu inclusive derrapou diversas vezes ao se aproximar de quebra-molas.

E como a tendência a partir de agora é as chuvas engrossarem reitero alguns cuidados que se deve ter na hora de dirigir em condições climáticas adversas.
  • Ao dirigir com pouca visibilidade acenda as luzes e o farol baixo para facilitar a visualização por parte dos outros veículos;
  • Além da diminuição natural de velocidade aumente também a distância para o veículo à frente, até mais ou menos uns oito metros;
  • Evite freadas bruscas, inclusive procure sempre frear antes do normal e mais suavemente;
  • Aumente a cautela na hora de fazer curvas, mesmo as mais abertas, para não perder o controle do veículo;
  • Troque o limpador pelo menos uma vez por ano, dê preferência a fazer esta troca ao início do período de chuvas;
  • Tenha um pano para desembaçar o vidro (nunca use as mãos) e deixe o vidro um pouco aberto para ventilar o carro, ou ligue o ventilador ou o ar condicionado para manter uma temperatura amena no carro. Caso já esteja embaçado, inverta o processo jogando água quente;
  • Caso a chuva engrosse consideravelmente não se acanhe em parar o carro e esperar a chuva diminuir.

Estes simples cuidados diminuem desde simples aborrecimentos até evitar graves acidentes. Então atenção ao volante sempre.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

As 10 regras do Futebol de Rua


1. A BOLA
A bola pode ser qualquer coisa remotamente esférica. Até uma bola de futebol serve. No desespero, usa-se qualquer coisa que role, como uma pedra, uma lata vazia ou a merendeira do irmão menor.

2. O GOL
O gol pode ser feito com o que estiver à mão: tijolos, paralelepípedos, camisas emboladas, chinelos, os livros da escola e até o seu irmão menor.

3. O CAMPO
O campo pode ser só até o fio da calçada, calçada e rua, rua e a calçada do outro lado e, nos grandes clássicos, o quarteirão inteiro.

4. DURAÇÃO DO JOGO
O jogo normalmente vira 5 e termina 10, pode durar até a mãe do dono da bola chamar ou escurecer. Nos jogos noturnos, até alguém da vizinhança ameaçar chamar a polícia.

5. FORMAÇÃO DOS TIMES
Varia de 3 a 70 jogadores de cada lado. Ruim vai para o gol. Perneta joga na ponta, esquerda ou a direita, dependendo da perna que faltar. De óculos é meia-armador, para evitar os choques. Gordo é beque.

6. O JUIZ
Não tem juiz.

7. AS INTERRUPÇÕES
No futebol de rua, a partida só pode ser paralisada em 3 eventualidades:
  1. Se a bola entrar por uma janela. Neste caso os jogadores devem esperar 10 minutos pela devolução voluntária da bola. Se isso não ocorrer, os jogadores devem designar voluntários para bater na porta da casa e solicitar a devolução, primeiro com bons modos e depois com ameaças de depredação.
  2. Quando passar na rua qualquer garota gostosa.
  3. Quando passarem veículos pesados. De ônibus para cima. Bicicletas e Fusquinhas podem ser chutados junto com a bola e, se entrar, é Gol.
8. AS SUBSTITUIÇÕES
São permitidas substituições nos casos de:
  1. Um jogador ser carregado para casa pela orelha para fazer lição.
  2. Jogador que arrancou o tampão do dedão do pé. Porém, nestes casos, o mesmo acaba voltando a partida após utilizar aquela aguá santa da torneira do quintal de alguém.
  3. Em caso de atropelamento.
9. AS PENALIDADES
A única falta prevista nas regras do futebol de rua é atirar o adversário dentro do bueiro.
Os casos de litígio serão resolvidos na porrada, prevalece os mais fortes e quem pegar uma pedra antes.

10. A JUSTIÇA ESPORTIVA
Os casos de litígio serão resolvidos na porrada.

QUEM NÃO JOGOU, PERDEU UM DOS MELHORES MOMENTOS DA VIDA.

Via: Barba Longa

Crônica de Luis Fernando Verissimo: Crônicas 6, sétimo volume da coleção “Para Gostar de Ler”

sábado, 25 de setembro de 2010

Por um dia


Por um dia ignorei os alertas temerosos daqueles que diziam que eu não deveria gastar tanta grana em algo que só duraria uma noite, ignorei e adquiri meu ingresso para o show do Scorpions no Nilson Nelson.

Por um dia lembrei que esta seria a última oportunidade de vê-los tocando diante de meus olhos (está é a turnê de despedida), depois de ter perdido tantas oportunidades. Lembrar os outros deste fato não serviu para comover muita gente próxima.

Por um dia fiquei ouvindo, no rádio, no som, no computador, só as músicas do grupo alemão. Quase cinquenta anos de estrada, noves fora substituições de integrantes não é para qualquer um.

Por um dia saí mais cedo do ensaio da Serenata de Natal (que por sinal ainda está com suas inscrições abertas) que já estava periclitantemente se prolongando a ponto de ameaçar minha chegada ao ginásio em tempo hábil.

Por um dia vi filas gigantescas e ameaçadoras formadas em volta do ginásio, pois os geniais organizadores utilizaram apenas duas entradas para o público que iria para a arquibancada superior mesmo o local possuindo doze entradas disponíveis. E por um dia enfrentei meia hora de fila para conseguir adentrar no recinto.

Por um dia, vi o maior palco já montado no Nilson Nelson (sim, não fui em muitos shows por lá) e me acomodei em cima de uma das entradas ao lado de dois serenateiros que lá encontrei. O local se mostraria providencial para o registro do evento.


Por um dia os integrantes do Scorpions fizeram um show espetacular, mostrando que a idade não afeta a performance dos músicos que ali se apresentavam e levantavam a multidão embalada por Wind of Change, inebriada com velhos sucessos das várias décadas pelas quais a banda passou.

Por um dia também percebi que se quiser gravar o show devo sair de perto de gente desafinada.



Por um dia eu saí de um show onde, ao comer um cachorro quente básico do lado de fora do ginásio conheço o Sr. James, com muitos shows como aquele na bagagem - incluindo o primeiro Rock in Rio conforme ingresso guardado na carteira e exibido pelo mesmo. Este senhor levou a filha Jennifer, de 19 anos, para o primeiro grande show da vida dela. Eles iam voltar para Taguatinga mas não haviam mais ônibus circulando por ali.

Por um dia ofereci carona aos dois e ao longo do caminho fui ouvindo histórias sobre shows antológicos ocorridos não só na capital federal, mas também em outras cidades Brasil afora. Depois de deixar, primeiro a filha na casa da mãe e depois o pai em casa, segui meu caminho rumo ao sono dos vitoriosos.

Por um dia saí do Nilson Nelson ainda com voz (estou ficando treinado nisso) mas com a certeza de que o show valeu cada centavo dispendido para comprar o ingresso. A lógica é a seguinte, o innresso é caro? É, mas o que você vivencia você leva (e registra) para a vida inteira, e perpetua estes feitos por diversar plagas por onde passar.

Azar de quem não quis vivenciar este dia. Por um dia.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Consultoria eleitoral

Arte: Glauco.

Ontem meu colega-companheiro-de-kart-e-candidato-a-deputado-distrital Fabrício Rocha foi participar de um debate entre pré-distritais no Grande Colorado, região de Sobradinho. Segundo relatos do mesmo havia dois candidatos à reeleição: Raimundo Ribeiro e Raad Massouh. O primeiro saiu antes da hora, mas antes de sair pôde presenciar o segundo destratando uma espectadora que discordou de suas colocações sobre concurso na PM. Que engraçado, justamente os candidatos mais conhecidos e que já foram eleitos em outros pleitos é que cometem este tipo de gafe, e mesmo assim conseguem sair vitoriosos das urnas.

Isso faz qualquer um se questionar pela enésima vez o que é necessário para eleger um candidato, seja lá para qual cargo for. Usando de sarcasmo ontem, quando me veio a notícia do contratempo no debate respondi ao Fabrício: Desde quando um distrital se elege com idéias? Um distrital se elege é com dinheiro, e isso infelizmente ele (Raad) tem muito. E tem mesmo, Raad é dono de revendedoras de automóveis no SCIA (leia-se, Cidade do Automóvel) e vocês devem imaginar o quanto vender carro dá dinheiro no DF. Sim, podem considerar a Cidade do Automóvel um agradecimento do candidato Roriz (sempre ele) ao apoio ($$$) dado durante suas campanhas. A outra retribuição que Roriz ofereceu a estes empresários pode ser sentida até hoje quando andamos nos Agenores que ainda circulam no Distrito Federal. E se andar no transporte público é uma droga você faz o quê? Pois é.

Exemplos de casos de política (com trocadilho, por favor) são bem comuns, aparecem todo dia no noticiário ou simplesmente se escancaram por aí a ponto de um observador mais atento fazer aquela cara de "agora sim tudo faz sentido". E sem falsa modéstia acompanho o noticiário político há década e meia, por isto chego humildemente até vocês para oferecer meus serviços de consultoria eleitoral.

É isso mesmo aí que vocês leram.

E como é que funciona? Simples, disponilizarei meu formspring para que quem quiser pode entrar lá e me fazer perguntas sobre qualquer candidado que esteja disputando a eleição do DF. Qualquer um, independente de partido (ou de cor, a coisa mais ridícula que inventaram aqui) terá respostas sobre sua índole e seus projetos. Espero que isto sirva com uma ferramenta para ajudar os eleitores a escolher melhor seus candidatos, pois a última legislatura foi um verdadeiro desastre, além do que temos que fazer tudo que está ao nosso alcance para que quem vença seja aquele que tem o melhor dos compromisso e não aquele que investe mais na campanha.

Investimento direto ou indireto, se é que vocês me entendem.

Meu formspring é http://www.formspring.me/clebiojunior

domingo, 19 de setembro de 2010

Is this the end?


- Então acabou?
- Sim. Acabou.
- E você fala isso assim ?
- Assim como ?
- Como se não tivesse acontecido nada. Como se ao invés de termos ficado meses juntos com você dizendo que me amava, você estivesse me perguntado as horas…

(via dreamsdoesntdie)

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Serenata de Natal - 30 anos

Foto da edição do último jubileu, em 2005.


Este é um ano de celebração para a Serenata de Natal. O coral está entrando em sua 30ª edição.

E é com grande prazer que a Organização da Serenata de Natal Ano 30 anuncia a abertura do período de inscrições!

Desde 1º de setembro, todos aqueles que quiserem participar de uma iniciativa cultural e solidária, uma tradição da nossa jovem Capital, estão convidados a visitar o site http://www.serenatadenatal.org/ e se inscrever!

Convidem seus amigos que nunca cantaram na Serenata, chamem aquele coralista que não vemos há tempos. Vamos juntos fazer da Serenata de Natal Ano 30 uma bela comemoração!

A inscrição também pode ser feita a partir de hoje nos postos de inscrição em pontos culturais da cidade:

- Açougue Cultural T-Bone (312 Norte);
- Senhoritas Café (408 Norte);
- Café com Letras (203 Sul);
- Caldo Fino (410 Norte) e
- Pizzaria Dom Bosco (107 Sul).

Nos dias 13 a 17 e 20 a 24 de setembro, teremos um posto na Entrada Sul do ICC (“UDFinho”). No dia 24 de setembro pela manhã, estaremos no evento “Recepção aos Calouros”, promovido pela UnB no Centro Comunitário.

Enfim, oportunidade para se inscrever não vai faltar. Participem!

Em 2010, CANTEM CONOSCO!

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Cadeira fria


Este último fim de semana estava sendo chamado de "o dia em que Brasília parou". Tudo isto porque realizou-se o "tão sonhado" concurso do MPU, com provas nos dois dias (sábado e domingo) e cargos de nível médio e superior. Falou-se em mais de 700.000 inscritos disputando um número próximo das seiscentas vagas, isso dá quase 1.300 candidatos por vaga(!).

Nas rodas de conversa na cidade não se falava em outra coisa, e se você falasse que não ia fazer todos te olhavam com cara feia. "Folgado", "desocupado", "marajá", provavelmente pensavam alguns. Em resumo se você não foi fazer a prova das duas uma: ou você não quer nada com a vida - algo que as pessoas condenam - ou você está bem de vida, endinheirado, etc. - o que estranhamente as pessoas também condenam porque possuem a mentalidade de que quem consegue ter uma boa renda e boas posses só o consegue de maneira espúria, não o faz de maneira árdua, batalhando todo dia na labuta como esse povo que faz cursinho até de madrugada se matando nos livros fazem. Isso porque esse mesmo pessoal trabalhou o dia inteiro e ganhou somente a merreca para pagar a mensalidade do "preparatório".

Isso me lembra uma coisa. Sim, eu sou um concursado. De nível médio mas sou. Sim, fiz prova para assumir o cargo que estou hoje. Mas confesso a todos aqui que, para o espanto daqueles que trabalham para sustentar o Gran Cursos, eu não estudei nada ou quase nada para fazer estas provas, e olha que já assumi três cargos que exigiam concurso. Provas? Devo ter feito umas cinco ou seis em uma década e a mais emblemática foi a primeira - BRB, 2001 - porque foi a única que paguei cursinho para me preparar a prova. Fui desclassificado por ter negativado a prova de inglês.

Seis meses depois houve o concurso do Banco do Brasil. Só peguei a apostila do BRB e reli. Passei.

E depois de tomar posse percebi nos locais de trabalho por onde passei outro fenômeno deste início de século: a alta rotatividade do quadro de pessoal. Exemplo disso é uma das agências onde trabalhei no BB, onde eu via que metade dos que trabalhavam lá quando cheguei foram embora antes de eu sair de lá, chegava a ser engraçada a quantidade anormal de despedidas que se faziam para cada funcionário que ia embora. Hoje, passados exatos três anos de minha saída descubro que só há lá uma ou duas pessoas que trabalhavam lá quando eu saí, e nenhuma delas estava quando eu entrei. Isso quer dizer que dificilmente as pessoas esquentam a cadeira no local de trabalho, eu mesmo às vezes via gente que estava trabalhando comigo da sala do lado e eu não sabia, ou o fulano que de um dia para o outro pediu as contas e foi embora sem avisar.

Isto tudo é o retrato do que virou o concurso público no Brasil e principalmente em sua capital: uma verdadeira indústria, a ponto de o rorizento já sair por aí prometendo criar a bolsa-concurso caso seja eleito. É claro, este setor tem movimentado muita grana, seja para organizadores como o Cespe como para cursinhos preparatórios que ganham rios de dinheiros com o temor de um mau desempenho e a manutenção de vidas ditas medíocres - sim, é a velha lógica do capitalismo de que sua vida não está boa e que por isto você tem que gastar, comprar, investir, etc. para mudar para uma vida um pouco mais boa, mas não completa pois você precisa sempre viver de tentar melhorar sua vida. As empresas vivem disso.

Só resta torcer para que chegue o dia que as pessoas acordem desta vida de mediocridade e percebam que há vida além do concurso, que existem mil maneiras de vencer na vida com ações voltadas para o empreendedorismo que chega a ser bem mais recompensadoras. Mas o brasileiro, teimoso e esperto (no mau sentido) que é quer mais é viver na mamata para ganhar muito dinheiro fazendo pouco esforço.

E depois se envergonhando de dizer isso para não ser taxado de marajá, pode?

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Crônica da Desmoralização de um Jornal

Publicado Originalmente na Revista Fórum. Por Idelber Avelar.

Muita gente costuma dizer que o século XVIII terminou em 1789, que o século XIX terminou em 1914 e que o século XX terminou em 1991 (ou em 11/09/2001, segundo como se veja a coisa). Claro que não são afirmações a serem tomadas literalmente. São alegorias do movimento real da história.

É neste sentido, alegórico, não literal, que poderíamos dizer que no dia 05 de setembro de 2010, o jornal Folha de S. Paulo morreu no Twitter. Continuará existindo, claro, enquanto suas fontes de financiamento permitirem e enquanto existirem jornalistas dispostos, ou obrigados por necessidade, a se submeter àquilo. Mas ele morreu como veículo de comunicação ao qual se possa atribuir um mínimo farrapo de credibilidade.

O mote foi a assombrosamente mentirosa manchete de ontem, que não guardava qualquer relação com a verdade, ou sequer com a própria matéria: Consumidor pagou R$ 1 bi por falha de Dilma. Quem sabe ABC sobre política, concluiu na hora: a manchete não tinha nada a ver com informação. Era algo para Serra usar em seu programa. Como o jornal morreu, não tem sentido refutá-lo com fatos. Dilma já o fez com elegância:



No meio da tarde de ontem, o Flávio Gomes, especialista em automobilismo, lançou esta, a partir de uma tuitada do @eduu27: Vamos criar o #DilmaFactsByFolha. "Dilma serviu o café de Ronaldo no dia da final da Copa de 1998" via @eduu27. Logo a Cynara Menezes, este atleticano blogueiro e outros tuiteiros começamos a criar outras possíveis manchetes para que a Folha servisse de bandeja ao programa eleitoral do Serra. Sucediam-se hilárias tuitadas como:

@flaviogomes69: Dilma a padre no Sul: "Enche os balõezinhos que dá". #DilmaFactsByFolha

@Lau_Roces A Al-Qaeda era só um grupo de árabes nerds fãs de RPG e aeromodelismo. Até conhecerem a Dilma. #DilmaFactsbyFolha

@alexcastrolll Antes de Dilma mergulhar no Mar Morto, ele não estava nem doente! #DilmaFactsByFolha

@ocachete Folha Informa: Dilma cortou a cabeça do último Highlander #DilmaFactsByFolha

@tuliovianna Dilma embebedou o Jeremias #DilmaFactsByFolha

@ludelfuego Dilma Roussef atirou o pau no gato #DilmaFactsbyFolha

@botecoterapia O fuzil chama-se AK-47 por imposição da Dilma que vetou o AK-45. #DilmaFactsByFolha

@estadodecirco Dilma para John: "Querido, deixa eu te apresentar uma amiga, esta é a Yoko..." #DilmaFactsByFolha

@drrosinha: `Padre irlandês que agarrou maratonista brasileiro em Atenas era filiado ao PT` #DilmaFactsByFolha

@camilalpav Folha revela: Dilma seria dona do circo que separou Dumbo da mãe. #DilmaFactsByFolha

@rayssagon Dilma vendia Marlboro para bebê fumante. #DilmaFactsByFolha

@lelo13: Descoberta a identidade dá louca que gritava "Pedro, me dá meu chip": Era Dilma Rousseff #DilmaFactsByFolha

@la_simas Sociológo Demetrio Magnoli afirma que Dilma era o contato da VPR com os Panteras Negras #DilmaFactsbyFolha

@andersonscampos Repórteres da Folha apuraram junto a moradores do condomínio de Dilma que ela peida no elevador #DilmaFactsByFolha

@eduardohomem41 O Ministério da Saúde adverte: camisinhas da marca Dilma arrebentam! #dilmafactsbyfolha

@jeffrodri Dilma escreveu o rascunho do AI-5. Costa e Silva deu uma amenizada. #DilmaFactsByFolha


Algumas das minhas próprias contribuições foram :

@iavelar Confirmado que Dilma é a autora das receitas médicas de Vanusa.

@iavelar Dilma disse a Bush: "em seis meses você resolve esse negócio no Iraque"

@iavelar Em Jerusalém, 1948, Dilma disse à ONU: "É só repartir isso aqui que dá tudo certo.

@iavelar Dilma disse ao Covas em 89: "chega lá em PoA e diz que torce pro Grêmio e pro Inter, os gaúchos adoram isso"

@iavelar Escavação da Folha revela: Dilma comprou vibrador com dinheiro do mensalão, seduziu Capitu e corneou Bentinho.

@iavelar Confirmado: Dilma Rousseff é culpada pela maior humilhação que a internet já impôs a um jornal

Para quem não conhece o Twitter: o caractere #, quando anteposto a qualquer palavra, a transforma numa “hashtag”, ou seja, num link que te permite encontrar todas as outras mensagens com o mesmo assunto, desde que o internauta se lembre de incluir o # colado à palavra. Programas como o Tweetdeck te permitem ler ao mesmo tempo, em três colunas, as atualizações daqueles a quem tu segues, as menções a ti mesmo por qualquer pessoa e todas as tuitadas que incluem uma determinada hashtag. Eu recomendo.

Em um par de horas, as tuitadas se sucediam numa velocidade frenética, que leitor nenhum conseguia ler na totalidade, com alusões a tudo, desde o Gênesis (Dilma criou intrigas entre Abel e Caim, por exemplo) até a Copa de 50 (Dilma levantou a saia e atrapalhou o goleiro Barbosa). Sem nenhuma coordenação, de forma espontânea e anárquica, sem qualquer orientação da campanha de Dilma ou participação de sua coordenação de internet, o #DilmafactsbyFolha ia subindo nos Trending Topics (a ferramenta que mede a popularidade de um determinado tema no Twitter) até chegar ao topo dos TT brasileiros e ao segundo lugar dos TTs mundiais. O importante site What the Trend repercutiu, com matéria em inglês. No começo da noite, eu já recebia emails de amigos norte-americanos e até o telefonema de um jornal dos EUA, perguntando: What`s #DilmaFactsbyFolha?

Era a Folha de S. Paulo humilhada no Twitter.

Evidentemente, a desonestidade da Folha permite que, na edição de segunda-feira, ela tenha ignorado dezenas ou centenas de milhares de tuitadas que correram o mundo virtual e foram comentadas em redações até aqui nos EUA, mas fizesse alusão a um tuíte de Roberto Jefferson. Tanta distração só pode ser culpa da Dilma.

PS: Se, depois desta, tu ainda não te animas a fazer uma conta no Twitter, eu não sei o que te dizer. Além de usar esta caixa para comentar o que queiras, façamos também duas coisas: selecionar alguns dos tuítes favoritos dos leitores do Biscoito (é só clicar na tag e ir descendo a página) e dirimir dúvidas para quem quer se juntar ao microblog e ainda não sabe como ele funciona. Se você ainda não me segue no Twitter, é só ir lá e clicar no "follow". Estou circulando notícias da campanha com certa regularidade por lá.

***

Só para constar, eu não pretendo votar na Dilma, mas Este tipo de comportamento jornalísitco é lamentável independente do candidato prejudicado/apoiado. Eu mesmo lancei contribuições para o #DilmaFactsByFolha:

@clebiocvjr Dilma jogou sabão na pista de Congonhas quando o avião da TAM atravessou a pista e bateu.

@clebiocvjr Tancredo almoçou com Dilma no dia 14 de março de 1985. Horas depois ele foi internado

@clebiocvjr Dilma é investigada como mandante da morte de John Lennon.

E assim como o Avelar recomendo que criem uma conta no twitter, se você tiver tempo e saco para acompanhar, claro. E caso vocês criem ou já tenham uma conta lá convido-os a me seguir.

Considero um exagero considerar o fato como uma "desmoralização", mas que pegou mal para a Folha, ah isso pegou.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Scorpions - Wind of Change



Hoje recebi a grata notícia de que a banda Scorpions fará show aqui em Brasília no Nilson Nelson.

Para quem não conhece a banda digo que esta é uma oportunidade excelente para fazê-lo. Tenho informações de que esta se trata da turnê de despedida do grupo: depois disso só comprando CD ou baixando MP3, o que todos sabemos que não é a mesma coisa.

Scorpions é a típica banda que todo mundo que tem pelo menos 20 anos conhece as músicas mas não liga nome à pessoa, por isto coloquei este clip clássico de Wind of Change para familiarizar os incautos.

Para quem quiser ir o ingresso mais barato está custando setenta dinheiros, pelo show o preço ainda está em conta. Vou ali quebrar o porquinho e nos encontramos lá no dia 26.